Clínica Médica
Clínica Médica

Critério diagnóstico para cefaleia aguda atribuída a um AVE isquêmico e para cefaleia apresentada antes do AVE isquêmico

Logo Medclub
Equipe medclub
Publicado em
23/1/2023
 · 
Atualizado em
7/5/2023
Índice

O artigo publicado na revista The Journal of Headache and Pain abordou a necessidade da mudança do critério que define e diagnostica a cefaleia aguda antes de um acidente vascular encefálico (AVE) isquêmico, assim como os pródromos de um AVE isquêmico. O atual critério diagnóstico para cefaleia aguda é baseado, primariamente, na opinião de especialistas do que em artigos publicados evidenciados em casos-controle. Já, com relação a cefaleia diagnosticada como pródromo do AVE isquêmico, que o artigo chama de sentinela, ela não possui critério diagnóstico. 

O trabalho é relevante porque o sintoma cefaleia é bastante presente em pacientes que têm a presença de um AVE isquêmico. No entanto, ao abordar o tema, o sintoma cefaleia precisa abranger alguns critérios, podendo eles ser: mudança do comportamento ou da forma, ou a apresentação de uma nova característica/nunca ter apresentado um episódio de cefaleia, ou, por fim, não ter alterações nas  características dos episódios de cefaleia.

Para a realização do estudo caso-controle foram obtidos dados do largo estudo controlado de Yekaterinburg acerca da cefaleia correlacionada com o AVE isquêmico. Ele foi realizado entre setembro de 2012 a setembro de 2015 e propõe mudanças no ICHD-3 com o acréscimo de alguns novos critérios diagnósticos. Para incluir os pacientes no grupo caso, foram utilizados os seguintes critérios: maiores de 18 anos já acometidos pelo primeiro AVE (1); apresentar, de forma documentada por neuroimagem, indícios de uma nova região de infarto (2); ter sido examinado por um neurologista na admissão da emergência ou ser visto no dia depois (3); e concordar com a entrevista e com o seguimento de um ano do estudo (4). 

No grupo controle, os critérios de exclusão eram mais rigorosos e abrangiam: não possuir nenhuma sequela advinda do AVE isquêmico anterior, não ter sofrido uma dissecção aórtica, nem arterite de células grandes, nem outro acometimento de vasos, cérebro ou pescoço; também não podia possuir pressão arterial maior ou igual a 180x100, infecções, tumor cerebral, epilepsia, esclerose múltipla ou demência.

Para mais, foi um estudo prospectivo, que avaliou todas as cefaleias no momento do AVE e durante 7 dias anteriores comparando-as com cefaleias pré-existentes, durante o ano anterior. E a partir disso, foram definidos os critérios diagnósticos para cada situação, no caso para cefaleia no momento do AVE isquêmico, e ela como pródromo (toda cefaleia que é de um novo tipo OU teve alguma de suas características alteradas). Foram examinados 2995 pacientes com AVE isquêmico e 225 pacientes no grupo controle. No entanto, para o trabalho final, ficaram 550 pacientes no grupo caso e 192 pacientes no grupo controle. E como objetivo, ele tinha de apresentar um novo tipo de critério diagnóstico para ser incorporado no ICHD-3 que incluísse um novo tipo de cefaleia ou uma antiga com características alteradas.

Foi encontrada assim uma sensibilidade de 100% e uma especificidade de 98%, mas é válido lembrar que ele foi aplicado na mesma amostra na qual foi realizado o estudo. Em sua discussão final, apesar de continuar reafirmando a necessidade da introdução desses novos critérios, diante da baixa sensibilidade do antigo, cerca de 60%, o próprio artigo sinaliza a necessidade de serem testados em um novo grupo de caso-controle

Continue aprendendo:

FONTE:

Rihmer: Diagnostic criteria for acute headache attributed to ischemic stroke and for sentinel headache before ischemic stroke. The Journal of Headache and Pain (2022) 23:11

Artigo escrito por

Comece agora a se atualizar pagando apenas R$29,90!

Plano Mensal
R$29,90

Dúvidas?
Saiba mais sobre o medclub

O que é o medclub?

O Medclub foi feito para responder às dúvidas dos médicos, auxiliando-os para as suas decisões mais seguras, ajudando-os a desvendar todos os tipos de casos, dos mais simples aos mais complexos.

Onde posso assistir?

Assista onde preferir: computador, tablet ou smartphone. A plataforma é totalmente responsiva.

O que eu posso assistir no medclub?

Todas as aulas disponíveis de forma ilimitada. São diversas especialidades para você escolher quais assuntos deseja aprender e se atualizar.

Quanto custa o medclub?

Assine o Plano Anual por até 12x de R$24,90, totalizando R$ 298,80 ao ano. Pague no boleto ou no cartão de crédito. Já o plano mensal, o pagamento recorrente é de R$ 29,90 cobrado mensalmente em seu cartão de crédito.

Quais os métodos de pagamento?

Assista todas as aulas e tenha acesso a materiais exclusivos por uma pequena taxa mensal. Aderindo ao Plano Anual: utilize o Boleto Bancário à vista ou parcele em até 12x de R$ 24,90 nos Cartões de Crédito. Já no Plano Mensal: pague com Cartão de Crédito, mensalmente, o valor de R$ 29,90. 

Obs.: Caso opte pelo Plano Mensal, confira se você está utilizando um cartão de compra única (cartões virtuais temporários, com alteração periódica de números ou código de segurança), pois estes não são habilitados para pagamentos recorrentes e isso poderá bloquear seu acesso na próxima cobrança.

Como funciona o Trial de 7 dias?

Ao assinar um dos planos, você tem direito a testar por 7 dias. Cancele dentro do período de teste e seja ressarcido integralmente do valor investido.

Como faço para cancelar?

Você tem até 7 dias para cancelar sem custos e direto na plataforma. Após esse período, basta falar conosco pelo Suporte ou e-mail: contato@med.club

Nós utilizamos cookies. Ao navegar no site estará consentindo a sua utilização. Saiba mais sobre o uso de cookies.