Medicina da Família
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Manejo da osteoartrite sintomática precoce dos joelhos

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Equipe medclub
Publicado em
10/10/2022
 · 
Atualizado em
7/5/2023
Índice

Recentemente, foi publicado pela revista Nature um artigo de revisão sobre a osteoartrite (OA) de joelho sintomática em estágios iniciais. A osteoartrite é uma doença progressiva, caracterizada por danos na cartilagem articular com neoformação óssea subcondral e inflamação. 

É a doença articular mais prevalente no mundo, atingindo 500 milhões de pessoas, das quais 260 milhões apresentam acometimento dos joelhos. A OA é desencadeada e/ou agravada por fatores biológicos -genéticos, inflamatórios, envelhecimento- e mecânicos, como traumas, displasias ósseas e obesidade. 

O quadro clínico consiste na dor articular de curso insidioso e de caráter procinético, com piora ao movimento e melhora ao repouso. Para mais, o paciente pode apresentar dor em repouso e rigidez matinal, a depender do grau de inflamação da doença. Ao exame físico, é possível evidenciar achados como dor à palpação, crepitações ao movimento, aumento do volume articular -devido às proeminências ósseas- e limitação da movimentação. 

Para firmar o diagnóstico, é obrigatória a presença da dor articular característica, podendo ser solicitados exames complementares. Os objetivos do tratamento são o alívio dos sintomas, a redução da incapacidade funcional e, quando possível, o retardo da progressão da doença. 

Recomenda-se exercícios de alongamento, aeróbicos e de fortalecimento muscular, além do controle do peso. Já o tratamento farmacológico de 1ª linha consiste no uso de AINEs e analgésicos.

No artigo, os autores enfatizam a importância do diagnóstico precoce dos pacientes com OA nos joelhos, a fim de diminuir as complicações e retardar o curso da doença. Isso porque o risco de fratura em pacientes com diagnóstico recente de OA de joelho é 85% maior do que em pacientes hígidos da mesma idade. 

Assim, o artigo classifica a doença em um contínuo, tendo início com a presença de biomarcadores, detectados em exames de imagem ou líquido sinovial, por exemplo, e na ausência dos sintomas clínicos. A seguir, tem-se o estágio inicial da OA de joelho sintomática, OA de joelho estabelecida e, por fim, o estágio final da OA de joelho. 

O paciente em estágio inicial da AO de joelho sintomática inicial comumente apresenta dor articular pró-cinética ou desconforto local, com início a semanas ou meses, de caráter intermitente. Ou seja, o paciente apresenta período de piora das dores e da rigidez articular, seguida por diminuição ou ausência desses sintomas. Entretanto, achados radiográficos raramente estão presentes, visto que a diminuição dos espaços articulares é um processo progressivo, surgindo após anos do processo patológico. 

Os autores também enfatizam a importância dos principais fatores de risco para osteoartrite. Quando presentes, devem elevar a suspeita diagnóstica para a OA de joelho. Assim, a menopausa é considerada um importante fator de risco e, quando associado a presença de sobrepeso ou obesidade, dor nos joelhos na maioria dos dias no último mês que antecede a consulta, e história de importante impacto nos joelhos devido à profissão ou atividade recreativa, devem remeter a OA de joelho em estágios iniciais.

Para mais, quando esse quadro é associado a fatores de risco não modificáveis, como componente genético favorável à OA, os autores sugerem o encaminhamento da paciente para atendimento especializado. Por fim, o artigo enfatiza a importância do tratamento de primeira linha da OA de joelho: educação em saúde, exercício e perda de peso caso seja necessário, visto que há evidência de que essas medidas podem melhorar os sintomas mais leves a severos da OA, bem como estão associadas ao menor uso de analgésicos, à melhora da qualidade de vida e na execução das atividades físicas diárias.

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